ESTUDOS BÍBLICOS!

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BRASÍLIA, QUARTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2013

A Condenação da Falsa Igreja

Mulher em profecia significa Igreja. O capítulo 12 de Apocalipse apresenta uma mulher cujos símbolos que a representam não deixam dúvidas quanto a ser a verdadeira Igreja de Deus. 

Mas, neste capítulo, uma outra mulher é apresentada. Uma mulher “vestida de púrpura e de escarlate e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas”. Uma mulher, que tem em sua mão “um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”. 

Uma mulher com a qual “se prostituíram os reis da Terra”; que embebeda os habitantes da Terra “com vinho da sua prostituição”; que “está embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”.

 Uma mulher denominada de “a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra”. Enfim, uma mulher “montada numa besta escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmias, e que tinha sete cabeças e dez chifres”. 

 A profecia não deixa dúvidas de que esta mulher é a Igreja de Roma. 

Apocalipse 17:1 – “Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e me disse: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas”.

O apóstolo João descreve a cena em que um anjo se aproxima e o leva a uma visão da condenação da “A grande prostituta” – Assim é declarada esta Igreja porque foi infiel ao Senhor Jesus Cristo. Adulterou, tornando-se amante da idolatria.

Apocalipse 17:2 – “Com ela se prostituíram os reis da terra, e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”,

Esta tem sido a história da igreja de Roma, desde o quarto século até nossos dias. Deixou de ser uma igreja para ser um Estado em meio aos Estados do mundo. Sua influência entre os governos da Terra, com raras exceções, é a mais poderosa de todas as influências humanas.

E, como igreja, não está ligada ao Estado por afinidades espirituais, mas por finalidades políticas, isto é, para fazer do Estado um instrumento de sua política sob o véu da religião.

Uma pessoa embriagada tem sua mente entorpecida pela ação do álcool. Perde-se a razão e o domínio próprio, e a mente se torna totalmente indefesa.

Mas o que é, afinal, o “vinho da sua prostituição?” Sabemos que a “mulher” aqui é a igreja que se prostituiu por abandonar a verdade de Cristo. Portanto, é o seu corpo de falsas doutrinas que constitui o “vinho da sua prostituição”, com o qual “os habitantes da Terra se embebedaram”.


Embriagadas com o vinho servido pela “grande prostituta”, as multidões da Terra não podem entender as verdades do evangelho. Suas mentes estão embotadas pelo vinho dos enganos da “grande Babilônia” e, por mais clara que seja a verdade de Cristo, seus olhos e ouvidos não podem vê-la e aceitá-la.

Apocalipse 17:3 – “Então o anjo me levou em espírito a um deserto, e vi uma mulher montada numa besta escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres”.

A mulher santa do capítulo 12, que representa a igreja de Cristo, foi vista nas alturas dos Céus. A mulher deste capítulo 17, a “grande prostituta”, foi vista no deserto, lugar da habitação dos demônios.

A besta de cor escarlate sobre a qual a mulher está montada tem todas as características do dragão vermelho do capítulo 12 e muita semelhança com a besta do capítulo 13.

O dragão, diz a profecia, é Satanás no controle do Império Romano, sendo também Roma-pagã. A besta do capítulo 13, que recebera poder do dragão, é Roma-papal, sucessora de Roma-pagã. Assim podemos ter uma idéia da besta sobre a qual a igreja de Roma fora vista “montada”. 

Blasfêmias são palavras que ofendem a Deus. A besta sobre a qual a mulher está montada age desta forma. Proclamar -se intermediário entre o povo e Deus e afirmar que pode perdoar pecados são algumas das blasfêmias cometidas por esta igreja prostituta. 

Mãe das Prostituições da Terra

Apocalipse 17:4 – “A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”.

Há mais de dois mil anos, João descreveu exatamente as cores das roupas usadas pelos líderes desta Igreja. Púrpura e escarlate são as cores predominantes na indumentária dos cardeais da igreja de Roma.

Os adornos de “ouro, pedras preciosas e pérolas” mostram a riqueza desta igreja milenar. Cumprem-se, um a um, os detalhes da profecia.

A igreja que se arroga ser depositária da verdade, serve em taça de ouro abominações e imundícias resultantes da sua prostituição. A aparência do que ela apresenta é bonita, atraente, reluzente: Grandes catedrais, as igrejas ou templos maiores e mais bonitos do mundo, entre todas as religiões (daí o ouro); mas, o conteúdo da taça de ouro é abominável: Falsas doutrinas, prostituições e adultérios (espiritualmente falando, na Bíblia, a idolatria é vista como traição a Deus – nosso Criador.

Postado por: Nazaré Pinheiro

 

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2013

A Ressurreição de Cristo

1 Co 15.1-20

Introdução
A ressurreição de Cristo é uma das principais doutrinas do Evangelho (1 Co 15.3-4, 16-19) e essencial para a fé cristã (Rm 10.9). É o elemento que distingue o cristianismo das demais religiões da terra, pois diferentemente dos fundadores das grandes religiões,, que estão mortos, Cristo está vivo! Pedro já a proclamou no dia de Pentecostes (At 2.24-36). Paulo a pregou em Antioquia da Pisídia (At 13.30) e no Areópago (At 17.18), antes de falar dela nas suas epístolas.
Ainda no AT vemos que a ressurreição era uma esperança dos judeus (Jó 19.25-27; Jo 11.23-24; At 24.14-15) e há muitas profecias sobre a ressurreição do corpo no AT (Sl 49.15; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), embora os saduceus não cressem nela (Mc 12.18-23; At 23.8). Encontramos ainda algumas referências específicas sobre a ressurreição de Cristo no AT (Sl 16.8-11; 110.1). A ressurreição ao terceiro dia (Lc 24.44-46  Os 6.2; Mt 12.40  Jn 1.17).
Os termos gregos mais usados no NT são os verbos egeiro e anístêmi, significando ressuscitar, levantar e o substantivo anástasis, ressurreição.

Evidências diretas da ressurreição de Cristo
O túmulo vazio – mostra que a ressurreição de Cristo foi física: Os quatro evangelhos relatam o túmulo vazio (Mt 28.1-6; Mc 16.1-8; Lc 24.1-8; Jo 20.1-10).

As aparições de Jesus, durante 40 dias (At 1.1-3), constituem prova irrefutável da Sua ressurreição:
a) A Maria Madalena, ao alvorecer do domingo (Jo 20.11-17 cf. Mc 16.9-11).
b) A outras mulheres (Mt 28.5,8-10).
c) A Pedro (Mc 16.7, Lc 24.34; 1 Co 15.5).
d) A dois discípulos na estrada de Emaús (Mc 16.12; Lc 24.13,14,25-27,30-32).
e) A 10 dos apóstolos, sem Tomé (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.19-23).
f) Aos 11 apóstolos, Tomé presente (Lc 24.10-11; Jo 20.26-29). 
g) A 7 dos apóstolos, no mar da Galiléia (Jo 21.1-23).
h) A 500 Discípulos (1 Co 15.7).
i) A Tiago, irmão do Senhor (1 Co 15.7). Antes era descrente (Jo 7.3-5); depois, crente (At 1.14; Gl 1.19)
j) Aos apóstolos, no monte da Galiléia (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18; 1 Co 15.7).
k) Na ascensão, do Monte das Oliveiras (Lc 24.44-53; At 1.3-9).
l) A Estevão, no seu martírio (At 7.55-56).
m) A Paulo, na estrada para damasco, para convertê-lo (At 9.3-6; cf. 22.6-11; 26.13-18), na Arábia, para instruí-lo profundamente (At 26.17; Gl 1.12,17; cf. At 22.10), no templo, para avisá-lo de perseguição (At 22.17-21; cf. 9.26-30; Gl 1.18) e na prisão em Cesaréia, para encorajá-lo (At 23.11);
n) A João, em Patmos, para dar-lhe a “revelação do nosso Senhor...” (Ap 1.12-20).

O próprio Cristo falou da sua ressurreição muitas vezes (Mt 16.21, 17.23, 20.17-19; Mc 9.30-32, 14.28; Lc 9.22, 18.31-34; Jo 2.19-22) e é testemunha da Sua própria ressurreição (Ap 1.17-18).

Evidências indiretas da ressurreição de Cristo
1. Tremenda transformação nas vidas dos discípulos - Tiago e os outros irmãos de Jesus, não crentes, foram transformados para crentes (Jo 7.3-5; 1 Co 15.7); os apóstolos, naturalmente medrosos (Jo 20.19; Mc 14.69-70), para supernaturalmente sem temor (At 2.14,22-23; 3.14; 4.10; 5.29-32).
2. Testemunho ocular e categórico dos apóstolos e primeiros discípulos (At 2.14,22-24; 17.31; 1 Co 15.4-8).
3. O principal dia de adoração mudou de sábado para domingo (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10).
4. O imediato aparecimento das igrejas, com poder e crescendo rapidamente (At 2.41; 4.4).
5. O tema principal das pregações apostólicas não era o amor ou reino de Deus, temas dos ensinos de Jesus, mas a ressurreição (At 2.22-24; 3.15; 4.10; 5.30).
6. Este relato não foi inventado, pois apresenta Cristo aparecendo a mulheres – e primeiro a Maria Madalena, de péssima reputação – e não a heróis (Mt 28).
7. A reação dos judeus, que não queriam que o túmulo estivesse vazio (Mt 28.11-15).

Para que Jesus ressuscitou?
• Para cumprir a promessa aos pais (At 13.30-34).
• Para confirmar o senhorio de Cristo (Lc 24.3; At 2.36; Rm 1.4).
• Para provar a nossa justificação (Rm 4.24-25).
• Para nos dar uma vida regenerada e de esperança (1 Pe 1.3).
• Para mostrar o poder de Deus (Ef 1.18-20).
• Para sujeitar todas as coisas a Jesus (Ef 1.20-23).
• Para garantir que haverá um julgamento futuro (At 17.31; Jo 5.26-29).
• Para garantia a nossa própria ressurreição (2 Co 4.14; 1 Ts 4.13-16; 1 Co 15.19).

Falsas teorias contra a ressurreição e sua refutação:
• Farsa: Jesus ou seus discípulos (ou ambos), perversamente tramaram o cumprimento das profecias - mas como obteriam: o nascimento ter sido em Belém, a genealogia, os soldados não quebrarem seus ossos nem rasgarem sua capa, furarem o seu lado, etc.?
• Desmaio: Jesus desmaiou/parou sinais vitais na cruz e voltou a si na tumba. Como sairia da tumba? Como rolaria a enorme pedra, estando abatido e tendo perdido tanto sangue? E o impacto sobre os discípulos? E o embalsamento?
• Túmulo errado – as mulheres teriam ido a um túmulo diferente. Mas o túmulo de Cristo era o único guardado e selado.
• Roubo do corpo. Não deixariam os lençóis dobrados e nem causaria a transformação na vida dos discípulos. Foi uma mentira inventada pelos líderes judeus (Mt 28.12-15). Poderiam os discípulos morrer por uma mentira?
• Alucinógenos: os discípulos tiveram alucinação por droga. Nenhum traço de mais de 500 usuários de alucinógenos.
• Espírito: só alma e espírito ressuscitaram. Ele comeu; tinha cicatrizes, foi tocado, etc.
• Sentimentalmente: Jesus só ressuscitou no coração dos amigos. Mas estes não esperavam nem criam na ressurreição.

Quem negar esta ressurreição é forçado a seis horríveis conclusões:
1. Toda pregação do evangelho tem sido, é, e sempre será completamente inútil;
2. Toda a fé passada, presente e futura, é louca e inútil; 
3. Todos os pregadores são os maiores loucos ou mentirosos;
4. Todos os crentes vivos estão ainda nos seus pecados, indo para o inferno, os mortos já estando lá;
5. Todos os crentes mortos estão sofrendo no inferno, para sempre;
6. A razão e propósito da própria vida estão para sempre destruídos.

Conclusão
Jesus usa uma analogia para falar da sua ressurreição: um grão de trigo (Jo 12.24; 1 Co 15.35-38). Ele morreu para ressuscitar em um novo corpo.A Bíblia também apresenta o batismo como um símbolo da ressurreição: a imersão simboliza a morte, a emersão simboliza a ressurreição (Rm 6.3-5; Cl 2.11-13).
A ressurreição de Jesus não se resume ao fato dele ter voltado à vida, mas é sinal da glorificação e exaltação do Senhor. Ele inaugurou uma nova era, é “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20) ou o “primogênito dentre os mortos” (Cl 1.18). Podemos crer totalmente da realidade desta ressurreição e devemos pregar isto (Lc 24.44-47).

Leitura sugerida:
GEISLER, Norman L. Enciclopédia de Apologética. São Paulo: Vida, 2002.
SOARES, Esequias. Cristologia – A doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008.